amigas e primas. temos muita coisa em comum. muitas. uma é que perdemos o nosso avô recentemente. um avô que era nosso e amávamos amamos. temos em comum o sentimento de falta que nos vai fazer. basta olhar uma para a outra e sabemos o que estamos a sentir. fomos e somos o apoio uma da outra. apesar da distância sei que está ao alcance de um telefonema e do outro lado vou ter compreensão, sem julgamento. apesar da distância física e temporal sei que a cumplicidade da infância está sempre intacta. temos horas e horas e hooooooras de gargalhadas e algumas de lágrimas. a miscelânea mágica da vida. um ingrediente nunca seria o mesmo sem o outro. nestes dois dias difíceis fomos o apoio uma da outra enquanto as nossas mães se apoiavam também. e apesar da dor, saber que temos uma família entrelaçada e que nada separa, que estão lá sempre aquelas pessoas que nos conhecem melhor que ninguém.. só isso. nada nos faz sentir melhor na vida, no bom e no mau, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, no riso e nas lágrimas. e o nosso querido avô que tantas e tantas gargalhadas provocou, no dia da sua despedida ainda conseguiu juntar a família toda e que brindássemos á sua vida, e á nossa. á nossa família.
este dia foi só nosso. de primas. foi dia de deambular nas ruas do porto. com o seu típico ar taciturno e escuro, numa manhã nublada. foi dia de rir uma da outra ao descer as ruas íngremes, molhadas e com paralelos com botas de saltos. foi dia de cappuccino e algumas horas confidências. foi dia de ler livros ao contrário. foi dia de almoçar demoradamente no Brick Clérigos e no fim quando já só estávamos as duas.. foi altura de comer alarvemente "a" tarte de banana. no fim, um "até já" no aeroporto, sem lágrimas mas com certezas que estamos aqui, lá ou onde for.. uma para a outra. que os nossos filhos saibam também, o bom que é crescer com esta cumplicidade.
beijo de até já, prima.
"família é como os troncos de uma árvore. crescemos em diferentes direcções, contudo a raíz mantém a mesma."
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dia ao som de Damien Jurado.
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friends and cousins. we have a lot in common. a lot. one is that we lose our grandpapa recently. a grandfather who was is loved. we share the feeling of how he will be missed. we just look at each other and we know what we're feeling. we have been and are supporting each other. despite the distance I know it's within reach of a phone call and on the other side there's understanding without judgment. despite the physical and temporal distance I know that the childhood complicity is always intact. we have hours and hours and hooooours of laughter and some of tears. the magic miscellany of life. an ingredient would never be the same without the other. on these two difficult days we supported each other while our mothers relied on themselves too. and despite the pain, knowing that we have an interlocking family and that nothing separates, that there are always those people that know us better than anyone .. that's it. nothing makes us feel better in life, in good and bad, in joy and in sorrow, in sickness and in health, in laughter and tears. and our dear grandpapa that caused us so many laughter, still on the day of his departure managed to gather the whole family and that we toasted to his life and to ours. to our family.
this day was just ours alone. they day to walk the streets of the Oporto. with its typical morosely and darkness, on a cloudy morning. day to laugh at each other down the steep streets, wet, parallel with boots in heels. It was cappuccino day and a few hours of confidences. it was the day to read books upside down. day to lunch at the Brick Clérigos and at the end when we were only the two of us there.. it was time to eat "the" banana pie. in the end, a "see you soon" at the airport, without tears but with certainties. that we're here, there or wherever .. for each other. may our kids know some day too what it is growing up with this complicity.
see you soon cousin.
Family is like the branches in a tree, we all grow in different directions, yet our roots remain as one.
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