Por Amor á Moda. Com a Alexandra Cousteau (sim, a filha de Jacques Cousteau). Deu no National Geographic. Não me lembro do dia. Mas vale pena pesquisar e ver. Informação é poder. Informação é "empoderarmo-nos". Se calhar, nas rotinas e nas correrias do nosso dia a dia não pensamos nem nos apercebemos que a produção do algodão e toda a industria têxtil em geral, é das mais poluentes no nosso mundo. E usamos o algodão para TUDO. Fraldas, papel, dinheiro na carteira, e até na cozinha e comida, fora o óbvio na roupa. O algodão é dos recursos da natureza mais utilizados. Faz sentido assim pensarmos na forma como o utilizamos.
Qual é diferença entre o algodão orgânico e o não-orgânico?
Bom, para além da óbvia de não estarmos a colocar algo em contacto directo com a nossa pele que atravessou muitos processos químicos e outros factores poluentes não só para o nosso sistema como para o ambiente (que mais tarde ou mais cedo estando no ambiente vai entrar no nosso corpo de qualquer maneira) há muitas outras.
Os campos de algodão encontram-se nos países quentes, maioritariamente na Índia. No algodão não-orgânico, as sementes são transgénicas, estudadas para serem resistentes ao ataques das pragas, usam-se químicos e repelentes e para voltar a produzir os agricultores têm de comprar mais sementes (originando grandes dívidas para estas famílias já carenciadas). Muitos destes agricultores (e não só na India mas como em países mais desenvolvidos como os EUA) cedem a doenças, muitas delas mortais, devido a tanto contacto com os químicos.
A produção de algodão orgânico é MAIS barata que o não-orgânico. Imagine-se!! Podem re-utilizar as sementes que a planta dá, poupam nos químicos e inseticidas, usando outros métodos mais naturais como estrume de vaca, cebolas, pimentas, gengibre, etc, para afugentar as pragas. Não há praga que se aproxime.
Então porque não há mais acesso ao algodão orgânico e á sua produção sustentável?
Pela mesma razão de todos os males deste mundo. Interesses económicos. A industria do algodão é enorme e a produção do algodão orgânico ainda é muito pequenina e com pouca força económica e "negocial". Mas tudo se pode alterar se jogarmos com as leis da oferta e da procura. Cabe a nós, que nos preocupamos com o ambiente, com os animais, com a igualdade de direitos, e com a nossa saúde e a saúde dos nossos futuros, fazermos por aumentar essa procura, aumentando assim a oferta.
Muitas vezes, a diferença de preço de venda das peças não é assim muito grande, se não for mesmo nula. Toda a etiqueta que diga "algodão orgânico" chama a minha atenção e lá vou eu a correr. E já vi muitas t-shirts para os meus rapazes de algodão orgânico com preços bastantes acessíveis. Claro que não tem o design tão chamativo, e ai entra o interesse económico dos gigantes por trás desta industria. Mas o cliché: a mudança começa em cada um de nós, é verdadeira. Começa mesmo. Se a alimentação já sofreu essa mudança, com o acesso mais fácil que temos a comida mais saudável, orgânica etc, porque não fazer essa mudança na moda?
Há uma senhora no documentário que diz:
Se eu me importo com o que como, porque não devo importa-me com o que visto?
A colecção da Mimos está quase a sair (salvé aleluia que-já-não-consigo-passar-mais-noites-sem-dormir-por-favor-acontece! é o nome oficial desta colecção :)) e nela tenho artigos em algodão orgânico, sim! As malhas são todas em algodão orgânico e tenho artigos em tecido também em algodão orgânico. Principalmente nos bebés, com pele tão sensível e que absorve tudo que lhe colocamos em contacto directo, vale a pena preocuparmos com este assunto. Comprar menos talvez, mas muito melhor.
A Mimos está a chamar para casting bebés dos 3 aos 18 meses para fotografar o catálogo de Verão, já foram ver?
A sessão será no Porto no início de Julho e será com a fantástica Brigida. Sinto muito abençoada e contente pela sorte que tenho com as pessoas que encontro nesta minha querida vida.
Já estive a ver os mails e o difícil vai ser escolher.
Agora, é só acontecer.
Podem ver este aqui para mais informação também.
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Sofia Almeida
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