A great night..

24.5.16


                                                                                                                                                               Foi tudo o que esperávamos dela. E mais. Já tínhamos os bilhetes desde Dezembro e era um pretexto para 3 amigas se juntarem, separando nem que fosse só por uma noite, a mãe da miúda-mulher sem responsabilidade. E foi tudo que queríamos. 
A voz é limpa e de ouro como já li. Sim, é. O som estava irrepreensivel. A receita é dela e funciona muito bem. Interage com o publico de forma muito acessível. Chama ao palco, desce do palco, tira selfies. O facto de ela contar coisas tão pessoais como o pormenor de ter almoçado lagosta com arroz, de ter ido de manhã ao Zoo com o filho que a acordou ás 5 da manha, pedindo para a avisar se entretanto desmaiasse de cansaço, deixa antever uma pessoa comum, uma mãe como todas nós.  Apenas com uma profissão que a torna famosa e aquele talento na voz. Entre canções foi falando, encantando e contando histórias como o facto de não ter querido fazer a música para o James Bond por medo, mas que a convenceram com o numero 23. 23 anos de Bond e ela tinha 23 anos. Que como ela e o namorado se riram quando souberam que estava nomeada para o Óscar. 
O espectáculo está centrado nela e só nela. E bem. Muitas vezes os músicos ficavam ocultos no escuro ou por detrás do painel onde eram projectados videos e fotos. Dela. 
Abriu com o Hello onde deixou logo o publico ao rubro. Seguiram-se clássicos: Hometown, Chasing paviments, e algumas versões acústicas. Numa das canções enganou-se soltando uns quantos shits, e recomeçou-a do inicio. De forma bastante inteligente, aproveitou a sua falha nos Grammys onde disse que se algum dia algo corresse mal nunca iria continuar com a música mas sim recomeçar e agora incorpora isso nos seus concertos. 
A sua imagem elegante e angelical contrasta com linguagem de camionista arruaceiro. Mas até isso lhe fica bem.
O concerto termina com Rolling in the Deep fazendo-nos desejar por mais, enquanto caem do céu papeizinhos escritos por ela com temas e versos das suas músicas. 
Para mim, é sempre inspirador ver um talento assim. De verdade. Não se discutindo gostos musicais, naquele espectáculo estava uma voz límpida sem grandes distracções ou disfarces por trás. 
Ali naquele palco estava ela. 
Dedicou o Make you feel my love ás vitimas do recente acidente de aviação, e foi nessa que sem querer tive que ir buscar o pacote de lenços que levei por brincadeira no bolso. Conheço essa musica há muitos, muitos anos e a cover feita com a voz dela abala-me por dentro. Outra que deita abaixo todas as muralhas é o All i ask, mas isso é porque todos nós já passamos por o que ela descreve. 

Quem nunca se sentiu como se nunca fosse possível voltar amar?

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Sofia Almeida





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